Misha Collins fala sobre como foi dirigir, spin off, 10ª temporada e mais.


O The Huffington Post publicou antes do episódio 9x17 ir ao ar um artigo muito interessante sobre Supernatural. Pra ser mais específico ele é uma entrevista com Collins na qual ele aborda vários assuntos, incluindo a sua direção em SPN, o spin off e mais.

Supernatural: Misha Collins fala sobre dirigir, anjos, sobre o spinoff e sobre o futuro de Castiel. Um dos melhores empreendimentos na história de Supernatural foi a introdução dos Homens das Letras.

Nas ultimas temporadas, os irmãos Dean e Sam Winchester tiveram um bunker atrativo para usar enquanto eles não estão à caça de toda entidade e criatura do mal em toda a América. O bunker foi construído pelos Homens das Letras, uma sociedade secreta de homens e mulheres que procuram forças sobrenaturais e arquivam seus conhecimentos em seu covil bem equipado.

O episódio de terça feira passada, “Mother’s Little Helper” revelou ainda mais sobre a história dos Homens das Letras, e também forneceu algumas informações sobre Abbadon, a atual inimiga dos Winchester. O episódio foi dirigido por Misha Collins, que interpreta Castiel em Supernatural.

Collins se sentou pela primeira vez na cadeira de diretor em Supernatural, e em entrevista ao The Huffington Post, ele fala sobre como foi a experiência e como Jensen Ackles, que interpreta Dean Winchester e já dirigiu o show por diversas vezes, ajudo-o a superar o desafio. Collins também falou sobre como as coisas vão para Castiel na 9ª Temporada, e ainda revelou um pouco sobre o spinoff de Supernatural que vai ao ar dia 29 de Abril.

Como essa coisa de dirigir surgiu? Você estava esperando por isso? Ou eles atenderam seus pedidos intermináveis?
Eu não gostei da sua hipótese de como a ideia surgiu. Obviamente, eles estavam no meu pé, me implorando para dirigir, e eu finalmente cedi. [risos] Não, no calor do momento, foi incluído no meu contrato da 8ª Temporada – que eu dirigiria um episódio na 9ª Temporada. Foi coisa de último minuto, e [o produtor executivo] Bob Singer estava tipo “Sim, isso soa ótimo.” Acho que ele disse algo no sentido de “Garoto, você é esperto, você deve ser capaz de aguentar.” Rapaz, ele estava enganado.
É uma daquelas coisas que atores que estiveram em shows de TV por um tempo têm a oportunidade de fazer. E eu acho que é muita sorte quando os atores agarram aquela oportunidade. Quando a oportunidade surgiu para mim, eu agarrei-a, porque eu quis dirigir por muito tempo.

Por quê? Eu sempre ouço os atores dizerem “Eu quero muito dirigir.” É porque os diretores podem ser irritantes de alguma forma? De onde esse impulso veio para você?
Eu só posso falar por mim mesmo, mas eu aposto que é uma realidade para muitas pessoas. Quando você atua, você é apenas uma peça no quebra-cabeça. Você não vê como tudo se encaixa. É como se você tivesse menos autoridade em relação ao produto final. Ao dirigir, você leva em conta o produto como um todo, então você é desafiado de uma maneira diferente.
Para mim, para ser perfeitamente honesto, a parte do meu cérebro que foi estimulada ao dirigir estava muito mais animada do que num dia normal de atuação. Não estou dizendo isso porque eu não amo e gosto de atuar e que eu não sou grato por ser um empregado também. Mas dirigir é estimulante de outra maneira. Mesmo na televisão, que comparado ao cinema, você provavelmente tem o mínimo de autoridade criativa. Ainda assim, você tem de tomar um milhão de decisões, e é uma posição bem desafiadora e compensadora.
Então isso arruína a minha teoria de que você queria dirigir porque Jensen já dirigiu várias vezes e você queria se vingar dele por algo.
Desculpe-me pela chata, séria e grande resposta. Sim, foi simplesmente competitivo pra mim. Eu vi que Jensen havia dirigido e me irritou o fato dele ter algo que eu não tinha, então eu quis fazer isso por essa razão. [risos] 

Sejamos sérios agora: Jensen deu alguma dica ou aviso para você?
Ele deu, na verdade. Nós saímos para jantar e ele deu todo tipo de conselho que ele tinha. E eu entrevistei quase todo mundo que dirigiu na temporada passada, tentando reunir todo tipo de informação possível, incluindo de alguns autores de histórias como John Badham. As dicas que Jensen me deu ajudaram mais do que a de qualquer outro. Ele é, provavelmente, minha melhor fonte de dicas.
Bem, ele conhece o set e o show – Ele é bem familiar com as personagens e o mundo da série. 
Não só isso, mas ele conhece minha perspectiva também. Ele sabe como é para o ator virar diretor pela primeira vez, e os problemas envolvidos nisso. Ele sabe o que eu não é familiar pra mim, porque não era pra ele.

Pelo o que eu entendi Castiel não está no episódio. Parece que a mitologia de “Mother’s Little Helper” é dura com uma grande história sobre os Homens das Letras. Pegar esse episódio foi apenas uma questão de sorte?
Foi uma questão de sorte. Eles fazem a lista de diretores e sua cronologia antes mesmo de nós começarmos a filmar, então eu sabia nove meses com antecedência que eu dirigiria o episódio 17. O que o episódio 17 reservava para mim, nem eu nem ninguém tínhamos ideia.
Foi um ótimo episódio para se dirigir. Eu acho que houve algumas coisas que poderiam ter ido de outra maneira. Foi um elenco muito grande, mas os atores convidados que acabamos pegando foram ótimos, então foi bem útil. Alaina [Huffman, que interpreta Abbadon] e Gil [McKinney, que interpreta Henry Winchester, Homem das Letras e avôs dos garotos] voltaram para esse episódio e eles são ótimos. Eu tinha os garotos [Jensen Ackles e Jared Padalecki, que interpreta Sam] e obviamente eles não são atores terrivelmente talentosos, mas eles trabalham no show por algum tempo então eles sabem como as coisas funcionam. 
[Collins, um brincalhão notável, está brincando sobre Ackles e Padalecki aqui.].
É um grande episódio mitológico, e o script era excelente. Adam Glass fez um trabalho incrível com ele. Foi dado um bom material e um bom elenco para se trabalhar, o que significa que tudo estava a meu favor, e não tinha efeitos especiais e essas coisas, o que facilitou bastante. Essas coisas podem complicar.

Qual foi a parte mais difícil de dirigir?
A coisa mais difícil de todas foi o tempo, e descobrir quanto tempo eu tinha para fazer as coisas e onde eu tinha que fazer triagem, descobrir a ordem de filmagem e assim por diante. Francamente, esse tipo de coisa, eu acho, são consequências de querer adquirir mais experiência.
Eu fiquei surpreso por uma coisa. Enquanto eu pegava conselhos das pessoas, uma das coisas que eles me davam eram dicas de como dirigir os atores. E estava tipo “Que seja – Você não precisa me dar dicas para isso! Essa é a única coisa que eu sei sobre, são os ângulos das câmeras e enquadramento e ritmo – Esse é o tipo de coisa que eu estou preocupado.”.
E quando cheguei ao set, eu intuitivamente senti que essa composição e esse tipo de coisa se juntaram rapidamente e vieram para mim. E de repente, dirigir atores era impossível. Eu sentia como se eu tivesse mastigando a minha língua toda vez que eu tentava descrever a um ator o que eu queria que ele fizesse. Então isso foi uma surpresa para mim.

Foi um episódio crucial em termos de colocar a 9ª Temporada na reta final? Eu sei que você não quer falar muito sobre ele, mas, alguns dos maiores elementos da história tomaram proporções maiores?
Sim. Tem algumas coisas operando aqui que eu acho que são essenciais. No episódio, nós vemos o nascimento de Abbadon da maneira como a conhecemos agora, e ela é, obviamente, uma deusa da guerra nessa temporada e seu papel continua a crescer. Nós temos Crowley tentando recrutar Dean, para ajudá-lo e colaborar com ele mais. Isso desenrola uma história muito, muito importante para o resto da temporada. E temos Dean lutando com o vício que ele tem com a Marca de Cain e com a Primeira Espada, e a tensão que tem rolado entre ele e Sam. Então tem um trabalho mitológico grande que foi construído nesse episódio.

Podemos falar um pouquinho como as coisas irão com Castiel até o fim da temporada? Ele tem um grande papel a desempenhar? 
Cas está definitivamente no ponto e na missão de tentar rastrear Metatron e consertar as coisas no Céu. A missão dele e a missão dos irmãos irão convergir e eles trabalharam juntos, fortemente. Cas está bem envolvido em quatro dos seis episódios da temporada, então o veremos bastante.

Então me deixe dizer onde eu estou com os anjos – Eu sei que sua personagem é um, obviamente, e um par de outros, mas têm todas essas facções de anjos e todo esse tumulto agora. Talvez eu esteja errada, mas, é difícil rastrear todos esses anjos e descobrir quem são eles e o que eles querem. E como [criador Eric] Kripke costumava dizer, eles são todos idiotas de alguma forma. Então você acha que toda essa situação com os anjos virá a se tornar um foco mais nítido conforme chegamos ao fim da temporada? 
Sim, eu acho que irá se tornar um foco mais nítido e o campo central dos anjos ficou meio estreito, então o que nós estamos olhando é primeiramente para certo grupo de anjos. Metatron – ele não é o mesmo, aliás. 

Ele será interpretado por um novo ator?
Sim. Metatron, Cas e Gadreel se tornam os anjos centrais no final da temporada e o foco volta para Castiel como um tipo de anjo central –É Castiel e Metatron um contra o outro. Então todos esses anjos idiotas culminam em apenas dois idiotas, Cas e Metatron.

Certo, então. Esse é um pensamento mais geral que eu tive – não existem muitas diferenças entre as facções de demônios e de anjos. Eles são todos, geralmente, idiotas. Eu acho que uma coisa que eu queria que os Winchesters tivessem é mais alguns aliados ou que houvesse mais distinção entre os dois grupos. Não me entenda mal, eu acho que tem ótimos atores interpretando todos os anjos e demônios principais, eu só queria que tivesse mais diferenciação ou mais contexto em termos dos grupos e de seus impulsos.
Eu acho que essa é, provavelmente, a função dessas duas coisas: Primeiro - os anjos, como Kripke disse, provaram que eram idiotas. E segundo: eu acho que o show tem andado na direção de fazer os demônios um pouco mais humanos ou um pouco mais acessíveis. Então eles não são tão sarcásticos e sinistros quanto deveriam, e os anjos são apenas idiotas. Então eles são meio parecidos. Eu acho isso justo.

Dito isso, os anjos sempre mostram os mesmos traços de novo e de novo – uma combinação de imaturidade e arrogância. Eles meio que perdem as estribeiras em maneiras precipitadas por diversas vezes. E você espera por algum altruísmo aqui e ali, e você vê isso agora e depois, mas os idiotas tendem a dominar as coisas.
Sim, é verdade.

Então, a 10ª Temporada está chegando e tem um spinoff a caminho. Você tem pensamentos sobre onde você quer que Cas vá, e alguém falou com você sobre como a mitologia de Supernatural se conectará com o novo show?
O spinoff em si não vai ter nenhuma personagem que já passou por Supernatural. Todas as personagens do spinoff são introduzidas no episódio do spinoff, e nenhuma das personagens fixas do universo de Supernatural estará na nova série.
Eu gostaria muito de estar na 10ª Temporada e espero que isso esteja em cogitação. Não é uma coisa que o pessoal da produção me atualizou sobre ainda. Eu acho que eles ainda estão trabalhando nas histórias para o fim da temporada e para a próxima temporada. Eu não tenho nenhuma especulação sobre onde a 10ª temporada irá, e se irá me incluir ou não, eu não posso dizer com tanta certeza.

Você gostaria de dirigir de novo – Supernatural ou qualquer outro show?
Sim, eu amaria. Eu realmente espero que eu possa fazer ambos.

Update: Aqui vão algumas informações sobre o que vem a seguir nessa temporada. Depois do episódio de terça-feira, Supernatural tem uma pequena pausa, mas retorna em 15 de Abril com “Meta Fiction”, escrito por Robbie Thompson e dirigido por Thomas J. Wright. O episódio de 22 de Abril, “Alex Annie Alexis Ann”, foi escrito por Robert Berens e dirigido por Stefan Pleszczynski. Com dito acima, o episódio de 29 de Abril é intitulado “Bloodlines”. Foi escrito por Andrew Dabb e Singer dirigiu. A season finale de Supernatural vai ao ar dia 20 de Maio.

Supernatural vai ao ar às terças-feiras, às 9 p.m. na The CW.
Tradução: Daniela Rezende - Equipe Supernatural Tentation.

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