Quando uma série é chamada “Supernatural”, é óbvio que ela tem muita liberdade em termos de criação. E, ao longo dessas onze temporadas, a série têm feito jus ao título: lidou com fábulas, contos de fada, mitologias de todos os lugares do mundo, textos religiosos e tudo o que tem a ver com isso. Se você pensar em algumas criatura, existem probabilidades da série ter feito alguma variação dela.
Mas o que os fãs nunca esperaram - e uma das razões pela qual o show ainda é bem sucedido ao longo de tantos anos - é a flexibilidade que o nome se dá em termos de formato. Pense no episódio em que o Sam está preso num loop, aparentemente, eterno, e o Dean morre mais de cem vezes. Ou no episódio em que eles estão presos em várias séries de TV. Além disso, ninguém esperava “The French Mistake”, onde Jensen Ackles e Jared Padalecki interpretam Sam e Dean que interpretam Jensen e Jared. É, parece confuso, mas existe uma razão pela qual esse episódio foi parar no nosso Top 5.
E, na décima temporada, a série usou do formato para fazer o seu ducentésimo episódio, onde um grupo de estudantes faz um musical contando a história dos irmãos através de canções. Mas, foi na noite de quarta-feira, em sua décima primeira temporada, que Supernatural pode ter se arriscado mais que nunca.

Mas, por causa da lealdade da fanbase de Supernatural, a história que abalou a “regra” dos formatos e, claro, foi muito bem escrita, não só funcionou como foi um dos episódios com maior audiência.
Para quem é novo, vale lembrar que a equipe considera a Baby como uma personagem desde o começo. Estranhamente, pareceu justo finalmente ter um episódio que constasse o ponto de vista dela (sim, eu estou falando sobre um carro). Mais que isso, existe uma razão pela qual Supernatural pode fazer quase tudo: o foco da série nunca se perde. É a história de dois irmãos que se amam e que fariam qualquer coisa pra salvar o outro. Enquanto a série se segurar nessa premissa, eles podem colocar os irmãos em qualquer situação e fazer dar certo.
E, considerando que a Baby é a responsável por 80% da relação dos irmãos, não existem dúvidas do porque o episódio ter tido tanta resposta. A série atinge seu maior nível quando Dean e Sam estão lá simplesmente sendo irmãos (embora uma situação inusitada sempre ajude).
Apesar de tudo isso, o que Supernatural faz de melhor - o que não vemos muito em outras séries de drama na televisão - é fazer graça e se divertirem consigo mesmos. Quando algo é ridículo, deixe ser ridículo. Fazem piadas de si mesmos. Nunca (NUNCA) se levam tão a sério. E, ao fazer isso, se permitem ser parte de uma conversa mais séria sobre como ter uma série de longa duração e de sucesso.
Quando você assiste Supernatural, você vê que os atores, os escritores, a equipe e todo o resto envolvido, gostam de criar esse mundo, e isso transparece nas cenas. A química geral do show é consistente. É aí que surge o que o show pode tentar e fazer. E, se tem uma coisa que “Baby” provou foi que, mesmo em onze temporadas, Supernatural ainda pode correr riscos. E o mais importante: é mais divertido que nunca!
Fonte | Tradução feita pela Daniela Rezende da equipe SPN Tentation.
0 Comentários