Ruth Connell participa do "Bruxas da Comic Con" na SDCC 2018.


Se empoderando com as bruxas da cultura pop na Comic-Con.

Quando o moderador de um painel da San Diego Comic-Con termina sua introdução com “eu convido todas essas maravilhosas mulheres para este painel assim eu posso recuar e deixá-las cuidarem dele”, você sabe que está prestes a ter uma experiência mágica. E isso foi bastante adequado no Bruxas da Comic-Con, um painel apresentado pela showrunner de "Sabrina, Aprendiz de Feiticeira", Nell Scovell; a autora Tomi Adeyemi, que descreve o seu livro Children of Blood and Bone (“Crianças de Sangue e Ossos”, na tradução livre para o português, livro ainda não estreou no Brasil) como “O Último Dobrador de Ar africano ou Pantera Negra com magia”; Jessica O’Toole, co-showrunner do reboot de Jovens Bruxas do canal CW; Ruth Connell que interpreta Rowena em Supernatural; e Juliana Crouch, uma bruxa praticante. 

O tema que percorreu toda discussão foi poder: como bruxas o produzem, como que se traduz para a ficção, e o valor dele quando está nas mãos certas. Recentemente,  parece que a maré está virando devido a bruxaria estar menos estigmatizada do que tem sido historicamente, principalmente no entretenimento. “Estou tão contente por ver que a TV está quase nos fazendo super heróis”, disse Crouch, que foi consultora na próxima temporada da série Lore da Amazon Prime.

Mas, como a máxima diz, com grande poder vem grande responsabilidade. No caso de séries como Jovens Bruxas e Supernatural, essa responsabilidade vem com limitações. Scovell disse (ela que co-produziu e executou duas temporadas do original Jovens Bruxas) e O’Toole concordaram com isso, que para continuar uma história de bruxas interessante, consequências são necessárias. Pelo menos, narrativamente. 

“Você não quer fazer com que seja fácil para elas resolverem as coisas”, disse O’Toole. “Então você meio que quer colocar obstruções em seus poderes”. Ela deu o exemplo de capacitar uma personagem com o poder de parar o tempo, e depois o de assegurar que este poder não funcione em todas as circunstâncias. Isso é algo que Scovell descobriu quando estava trabalhando em Warehouse 13 e viu que a série tinha achado um jeito de lidar com isso. A regra sobre qualquer artefato mágico, ela explicou, era “você podia usá-lo, mas sempre haveria uma consequência”. 

Como a bruxa presente de Supernatural, Connell veio diante de tais limitações. “É complicado algumas vezes com Rowena porque você precisa ter essa instabilidade”, ela diz. “Então, a maioria dos meus obstáculos tem sido internos… as coisas que vêm a você a partir da sua percepção do seu próprio poder”. 

Todos as palestrantes reconheceram que o conceito de poder é uma coisa complicada dado como mulheres, e especialmente bruxas, têm sido reprimidas pela sociedade por tantos anos. Mas as bruxas estão em ascensão, como evidenciado pelo número absoluto de bruxas que o painel, junto com o moderador Ben Blacker, e o público foram capazes de listar as suas favoritas. Como Adeyemi colocou, “não há nada de errado em ser forte e poderosa”, e ser lembrada disso a partir de algumas das mulheres mais brilhantes que eu já tive o prazer de ver, foi uma coisa linda.

Quem é a sua bruxa favorita da cultura pop? Deixe nos comentários a sua resposta! 
FONTE | Tradução: Karoline Leandro para o Supernatural Tentation.

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